sexta-feira, 25 de março de 2011


Lucas, a paz meu irmão.

Eu li algo sobre jejum na sua parte, gostaria de lhe impressionar com uma reflexão, pode ser?

Vamos lá, pense, o que é jejum? Alguns percebem na abstenção do alimento a pratica do jejum, não é mesmo? Como se fora um sacrifício, uma moeda de troca, mas é este o jejum que constatamos na Bíblia? Há um relato nos evangelhos, o episódio quando Jesus encontrou a mulher samaritana, você consegue perceber o verdadeiro jejum ali? Conta-nos João que enquanto Jesus conversava com a mulher ali os discípulos haviam descido até à cidade para comprar comida, o relato da experiência da mulher samaritana é maravilhoso, e ali percebemos o Salvador acessível, disponível, como o Dom de Deus, a água que saciaria a sede intermitente da mulher, Jesus é o judeu que se deixa encontrar, conversar, beber... A mulher achou que ele era um simples profeta e lhe falou do Cristo que viria mas ele lhe disse claramente: Eu o sou, eu que falo contigo. Que grande coisa, o Cristo de Deus falar comigo... E então aconteceu algo, Lucas, os discípulos chegaram e se admiraram que Jesus estivesse ali falando com a mulher, a mulher deixou o seu cântaro, sinal de que diante daquela experiência, tudo, absolutamente tudo, mesmo nossas necessidades básicas, perdem o valor e a importância absoluta que damos. Os discípulos então começaram a rogar ao Senhor: Rabi, come! Ele, porém, respondeu: Uma comida tenho para comer que vós não conheceis... Percebe aqui o significado do jejum? Jesus disse: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou, e completar a sua obra. Vê o que é comida para o Senhor? Jejum não é uma abstinência, jejum é uma "substituição", jejum é deixar de comer algo para comer outra coisa. Perto daquele alimento dos discípulos Jesus pode facilmente e prazerosamente substituir por uma outra comida, a comida dele, o alimento dele, o suprimento dele era realizar a vontade do Pai. É esta a visão do jejum que nós temos? Estamos a tal ponto concentrados, imbuídos de fome por realizar o que Deus deseja que não somente alimentos, mas tudo, tudo o que seja mundo, entretenimento, prazeres deste mundo, se torna pequeno e fútil? Percebo que a vontade do Pai é uma só, que eu desfrute e esteja de tal maneira envolvido com o Filho que este se torna a minha vida, e até mesmo eu, pois é isto que Paulo nos diz: Não mais eu vivo, mas Cristo vive em mim (em eu). O meu eu não é mais para o meu ego, minhas convicções religiosas ou mesmo minha bondade natural mas Cristo, Cristo mesmo, Ele é tudo e se torna tudo para mim, minha sabedoria, bondade, amor, mansidão, tudo. Eu só desfruto Ele, este é o meu verdadeiro jejum, quando eu largo tudo para o desfrutar, para o amar, para como igreja o receber como Noivo, o Amado.

Precisamos de uma nova percepção do que é jejum, de fato precisamos mesmo aprender o que é o genuíno jejum, eu, de maneira muito direta e simples digo que para mim o jejum verdadeiro é Cristo, eu vivendo nele, mais que em outro lugar, mil.

Sabe qual é a força do jejum que nos diz Mateus 9:29?

A força é Cristo mesmo, todas as vezes que nos dedicamos por completo a Ele, nos abrindo e recebendo-O, Ele mesmo, com sua autoridade e poder é adicionado a nós. A autoridade que repreende e liberta outros não é outra coisa senão Cristo mesmo, em nós.

Eles, os discípulos, não puderam expulsar espíritos muitas vezes porque Cristo não estava neles abundantemente, como seu conteúdo. É Cristo, o Filho, que liberta, não é o homem, e nem o poder do homem, Cristo é o nosso Jubileu.

Se ao invés da atração do mundo escolhermos desfrutarmos Cristo como nosso Jubileu a autoridade e a unção nos seguirá por onde andemos.

Um abraço,

Adans.